quarta-feira, 30 de maio de 2012

Bauru recebe oficina sobre acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência
No dia 12/06, terça-feira, Bauru sedia o “Circuito de Oficinas” sobre acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência em Bibliotecas, promovido pelo Sistema de Bibliotecas Públicas do Estado de São Paulo, mantido pela Secretaria Estadual da Cultura.


A oficina acontece em outras 12 cidades do Estado e será ministrada pela especialista Renata Andrade, que apresentará conceitos de acessibilidade, inclusão de pessoas e desenho universal em bibliotecas públicas e espaços culturais, abordando perspectivas legais, éticas e estéticas.

O “Circuito de Oficinas” será realizado no auditório “Helvécio Barros”, no Centro Cultural Paulista. As inscrições devem ser feitas com antecedência pelo site: www.aprendersempre.org.br/circuito-de-oficinas. Oitenta vagas estão disponíveis e são direcionadas aos bibliotecários, estudantes de Biblioteconomia, funcionários de bibliotecas e professores de toda a região.

O objetivo da Oficina é promover a melhoria da eficiência das equipes que atuam nas bibliotecas integrantes do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas do Estado de São Paulo (SisEB), visando o aprimoramento da qualidade dos serviços prestados e a satisfação da comunidade usuária, além de propiciar a adequação do perfil das equipes existentes para atender a demandas da comunidade por novos serviços.

Outras informações pelo telefone 3235-1312. Abaixo a programação da Oficina.

Programação

9h às 10h30 – Abertura: “Quem cabe no seu Todos?”, com a reflexão sobre os conceitos de inclusão, acessibilidade e desenho universal.

10h30 às 10h45 – Intervalo

10h45 – Bibliotecas para todos: O papel da biblioteca no processo de inclusão da PcD ( Pessoa com Deficiência)

11h30 – Características de uma biblioteca inclusiva

12h15 às 13h30 – Almoço

13h30 – Workshop: Biblioteca Acessível Para Todos

Diretrizes para a plena participação da pessoa com deficiência e mobilidade reduzida, edifício e equipamentos, ajudas técnicas e apoio pessoal, acervo, bibliografia, material, serviços bibliotecários, boas práticas e cases de insucesso.

18h – Término da oficina

A Palestrante

Renata Andrade é bacharel em Filosofia pela PUC-Minas, qualificada em Orientação e Mobilidade para atendimento à pessoa com deficiência visual e pós-graduada em tecnologia aplicada à inclusão da PcD pela Fundação Don Carlo Gnocci de Madrid e há doze anos atua como pesquisadora e consultora em acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

SUPERAÇÃO


Portadora de paralisia cerebral vira advogada em São Paulo

Flávia Silva receberá a carteira da OAB-SP nesta quinta-feira.
Ela tem limitações de fala e coordenação motora e usa cadeira de rodas.
Luísa BritoDo G1, em São Paulo+
29/05/08 - 10h51- Atualizado em 30/05/08 - 08h19
Foto: Arquivo pessoal
Arquivo pessoal
Flávia Silva em sua colação de grau (Foto: Arquivo pessoal)
Em uma cadeira de rodas, com limitações de coordenação motora e dificuldades para falar, a bacharel em direito Flávia Cristiane Fuga e Silva, de 26 anos, vai receber sua carteira de advogada nesta quinta-feira (29) e será a primeira defensora com paralisia cerebral do estado de São Paulo.

Ela foi aprovada no exame 133 da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB – SP) e com o registro na ordem pode atuar como defensora em qualquer lugar do país. Flávia mora em São José dos Campos, a 91 km de São Paulo. Como o resultado do exame já foi divulgado, ela já possui o registro na OAB-SP, de número 269.203.

Mesmo com as dificuldades que enfrenta, ela foi aprovada num exame no qual 84,1% dos 17.871 inscritos não atingiram a pontuação necessária para passar. Como digita num teclado virtual e só usa a mão esquerda, a bacharel teve oito horas para fazer a segunda fase do exame, segundo a OAB, ao contrário dos colegas que possuem apenas cinco. Muitas amigas da mesma classe dela ainda não conseguiram passar na prova.

Flávia escolheu fazer o curso de direito por influência do pai, Eliezer Gomes da Silva, que é advogado e também porque queria defender seus direitos como portadora de deficiência. “Queria brigar pelo direito das pessoas portadoras de necessidades especiais que são tolhidas pela sociedade”, disse ela, por intermédio de seu pai, que ajudou na entrevista ao G1, por telefone.

A advogada afirmou também que ficou feliz ao saber que havia passado no exame, mas já esperava o resultado por ter estudado bastante. Ela cursou faculdade na Universidade do Vale do Paraíba (Univap) entre 2001 e 2005 e conseguiu concluir o curso no tempo normal.

Faculdade
Como não tinha condições de anotar o que o professor dizia nas aulas, Flávia prestava atenção. Depois tirava cópia do que as colegas anotavam e estudava em casa. “Ela sempre tirou nota boa, sempre acima de sete, sabíamos que ela conseguiria passar na OAB”, disse Silva.

Indisponivel
Indisponivel
Flávia na formatura com sua mãe, sua irmã, seu pai e um professor da faculdade (Arquivo pessoal)
Na hora da prova, segundo seu pai, os professores faziam um exame de múltipla escolha para ela poder responder mais facilmente, já que só era necessário apontar a resposta correta. Como não tem coordenação motora para usar a caneta, Flávia contava com a ajuda de alguém da família que ia até a faculdade nos dias de prova.

Flávia já trabalha junto com o pai, no escritório dele, fazendo peças jurídicas em casos de direito de família. Ela gosta mais da área de direito penal, mas desistiu segundo conta Silva, pois seria inviável trabalhar na área devido a necessidade de locomoção constante, para ir a delegacias e presídios e também porque exige que o advogado fale mais, inclusive diante de um júri.

A advogada é totalmente dependente para se locomover, comer, tomar banho, entre outras coisas. A família conta que sempre lutou pelos direitos da filha e, junto com outros pais de São José dos Campos, conseguiu que a rede pública criasse uma escola para os portadores de deficiência. Uma vez a cada seis meses, a advogada vai ao Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília, para fazer tratamento.

A moça começou a estudar com sete anos de idade e nas primeiras quatro séries sentiu dificuldades e teve de fazer o período de quatro anos em sete. Depois, pegou o ritmo e conseguiu concluir o ensino médio com 21 anos.

Aceitação
Apesar das dificuldades, ela procura manter uma vida social ativa saindo com as colegas para o cinema, teatro e shopping. Quando o programa envolve restaurante, a mãe vai junto para ajudar a filha.

“No início ela tinha dificuldade de se aceitar, mas quando foi conhecendo pessoas como ela, teve força de vontade e conseguiu suplantar os problemas”, conta o pai. “Hoje em dia ela é uma moça muito contente, alegre e está sempre rindo. Tem várias amigas e até as ajuda com trabalhos jurídicos”, acrescenta.

Além do direito, Flávia também dedica seu tempo a um curso de pintura e até já expôs seus quadros no Fórum Trabalhista de São José dos Campos, em fevereiro deste ano.

terça-feira, 15 de maio de 2012

sábado, 12 de maio de 2012

NOTICIAS

Exposição sensorial incentiva o acesso à arte em Bauru, SP

Evento é promovido até o dia 31 de maio na Biblioteca do Senac.
Entrada é gratuita e voltada às pessoas com deficiência e público geral.

Do G1 Bauru e Marília
A exposição "A arte além dos olhos", do artista plástico e estudante de Design de Interiores Robson Lazarini está aberta até o dia 31 de maio no Senac em Bauru (SP). A mostra é composta por nove obras em madeira, aço, alumínio e cobre, e pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h30, e aos sábados, das 8h às 17h30, com entrada gratuita.
“Com características do expressionismo, as esculturas contrastam a frieza das peças com a não perceptividade da arte no cotidiano, ressaltando que nem sempre essa vem a partir dos olhos como órgão exploratório, mas sim através de todos os sentidos”, destaca o artista.
Escultura sensorial de Robson Lazarini exposta em Bauru, SP. (Foto: Rodrigo Barbosa de Paulo)
Visita especialNo dia 18 de maio membros do Lar Santa Luzia, que atende pessoas com deficiência visual, visitarão a mostra no Senac Bauru e terão uma sala especialmente preparada para aguçar os sentidos perceptivos como olfato, tato e audição como forma de melhor pensar e entender os caminhos da inclusão na educação.
Escultura sensorial de Robson Lazarini exposta em Bauru, SP.  (Foto: Rodrigo Barbosa de Paulo)"Receber a equipe do Lar Santa Luzia em uma exposição de arte vai mostrar que não é só não é só através da visão que o belo pode ser apreciado, ainda que se inicie nos sentidos a apreciação do belo, é na instância intelectiva que se faz o juízo estético", ressalta Rodrigo Barbosa de Paulo, curador da exposição. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (14) 3321-3199.

Serviço

Exposição "A arte além dos olhos"
Data: até dia 31 de maio de 2012
Horário: de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h30, e aos sábados, das 8h às 17h30
Local: Biblioteca do Senac Bauru
Entrada gratuita

Aos olhos do pai - Diante do Trono - Ana Paula Valadão



LINDO VALE APENA ASSISTIR

PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

Ensino Especial


O município de Bauru, em consonância com as leis nacionais sobre a Educação Especial criou em 26 de dezembro de 2005, por meio da Lei nº 5.321, o Serviço de Educação Especial; para atender alunos com deficiência e necessidades educacionais especiais, matriculados nas unidades escolares da rede municipal de ensino.
O Decreto nº 10.141 de 26/12/2005, que regulamenta a lei de criação dos serviços de educação especial e a resolução PMB/SME de 0102/08/2006, compõem a Legislação Municipal da Educação Especial.
A Educação Especial, no contexto da educação Inclusiva, oferece respostas pedagógicas diferenciadas aos alunos com necessidades educacionais especiais, regularmente matriculados na Rede Municipal de Ensino e promove suporte pedagógico aos professores das classes regulares, nas quais os alunos encontram-se matriculados.
Desenvolve suas atividades nas Unidades Escolares:
  • Salas de Recursos
    É uma sala de aula, onde o professor especialista suplementa (no caso dos superdotados) e complementa (para os demais alunos) o atendimento educacional realizado em classes da Rede Regular de Ensino. Esse serviço realiza-se em unidades escolares, em local dotado de equipamentos e recursos pedagógicos adequados às necessidades educacionais especiais dos alunos. Pode ser realizado individualmente ou em pequenos grupos, para alunos que apresentem necessidades educacionais especiais semelhantes, em horário diferente daquele em que freqüentam a classe comum, ou, quando necessário, durante o período em que a freqüentam.
  • Itinerância
    É um serviço de orientação e supervisão pedagógica desenvolvida por professores especializados, que fazem visitas semanais às escolas para trabalhar com os alunos que apresentam necessidades educacionais especiais e com seus respectivos professores de classe comum, da Rede Regular de Ensino, pautado no trabalho cooperativo entre o professor do ensino regular e o professor especializado, os quais, através de atuação conjunta, deverão planejar e avaliar o desempenho dos alunos com necessidades educacionais especiais.
Mantém convênio com entidades, sendo elas: APAE-Bauru, SORRI-Bauru, APIECE, Lar Santa Luzia para Cegos, Lar Escola Rafael Mauricio.
http://www.acessobrasil.org.br/


 

Existem parâmetros curriculares nacionais para se promover a inclusão nas escolas?

 
Não existe um currículo específico para a inclusão de alunos com deficiência porque cada criança é única em suas possibilidades de aprendizagem. Porém, há documentos que ajudam a orientar o planejamento dos professores.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9394/1996) diz que a escola deve assegurar aos alunos com necessidades educacionais especiais currículos, métodos, recursos educativos e organização específica para atender às suas necessidades, bem como o documento de terminalidade específica (um certificado de conclusão de escolaridade fundamentado em avaliação pedagógica – com histórico escolar que apresente, de forma descritiva, as habilidades e competências atingidas pelos alunos com grave deficiência mental ou múltipla) para aqueles que não puderem atingir o nível mínimo exigido para a conclusão do Ensino Fundamental, em virtude da situação de desvantagem.
A legislação ainda obriga que as escolas tenham professores em ensino regular aptos a auxiliar no processo de integração desses alunos nas classes comuns, ou seja, capazes de elaborar e aplicar atividades que levem em conta as necessidades específicas deles.
A avaliação pedagógica da criança com deficiência deve possibilitar aos professores identificar as dificuldades e potencialidades dela, para que sejam feitas as adequações que garantam a participação nas atividades desenvolvidas em sala de aula, fazendo o uso adequado dos equipamentos, materiais e ambientes disponíveis na escola.
http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/existem-parametros-curriculares-nacionais-promover-inclusao-escolas-636411.shtml